Qualquer pessoa que tenha boa saúde,
idade entre 18 e 65 anos e cujo peso seja superior a 50 quilos pode ser um
doador de sangue.
É
considerado doador de sangue, qualquer pessoa cujo sangue (ou partes do mesmo)
seja coletado em um banco de sangue/hemocentro ou em uma unidade de coleta
móvel, com o propósito de ser aplicado em outras pessoas para o tratamento de
doenças ou na produção de hemoderivados e de reagentes para diagnóstico ou
outro propósito.
De
acordo com a Lei no. 10205, de 21 de março de 2001, é proibida a remuneração do
doador de sangue, devendo ser a coleta exclusivamente composta de doação
voluntária, não remunerada, estimulada como ato de solidariedade humana e
compromisso social.
A
média de sangue coletado por doação é de 450ml (com uma variação de mais ou
menos 10%). Dentro de minutos o corpo repõe este volume de sangue doado com
líquido dos tecidos, desde que o doador não sofra de deficiência de líquido.
Por isso, é importante que a pessoa tenha se alimentado e se hidratado bem
antes da coleta, e tenha algo para beber após a mesma. Também é importante descansar
por 10 minutos depois da doação para que o volume de sangue volte a se
equilibrar.
Ao
se tornar um doador, você deve pesar mais que 50 kg. Isso porque existe um
indicativo estabelecido baseado na estimativa de que não mais que 13% do total
do volume do sangue pode ser coletado. Como a coleta média é de 450ml, há um
risco que a porcentagem de sangue coletado de pessoas pesando menos que 50kg
seja muito alta.
Um
homem pode doar até 4 vezes ao ano, com intervalo de pelo menos 2 meses entre
uma doação e outra. Uma mulher pode doar até 3 vezes ao ano com intervalo de no
mínimo 3 meses entre uma doação e outra. O intervalo é necessário para garantir
que o sangue tenha sido totalmente reposto. Se você doa regularmente pode
continuar até os 65 anos de idade.
Nem
todos os tipos sanguíneos têm a mesma procura: o O Rhesus negativo (O
RhD neg), que pode ser aplicado a todos os pacientes imediatamente,
independente de seu tipo sanguíneo, é bastante necessário. Mas independente do
tipo sanguíneo, toda pessoa deveria ser um doador de sangue.
“Minha primeira doação de sangue foi por necessidade de um parente de meu amigo.
Até aquele dia nunca havia sequer pensado no assunto, mas quando veio o pedido, pensei: “E por que não?”
Hoje penso “Por que não havia feito isso antes?”. Doar sangue me dá uma sensação de poder indescritível, um ato tão simples que se transforma em vidas salvas!”
Roberta di Mattei.
Aprovação do Doador
Antes de uma doação, uma série de
considerações deve ser feita tanto para o bem do doador como do receptor de
sangue. Assim, uma pessoa interessada em doar sangue deve passar por alguns
exames preliminares e responder uma série de perguntas, fornecendo um grande
número de informações. Os bancos de sangue garantem que apenas exames e
perguntas relevantes sejam feitos, além de estarem disponíveis para tirar as
dúvidas do doador.
As
perguntas são sobre a condição geral de saúde, comportamento de risco, e outras
questões que possam impedir a pessoa de doar. Este capítulo trata sobre os
assuntos de segurança da doação de sangue e informa sobre os tipos de conduta
que podem causar a exclusão temporária ou permanente de um doador.
Consideração pelo doador e pelo receptor.
As
questões não são feitas apenas em consideração ao doador. Elas são parte de
procedimentos de segurança que devem ser feitos para prevenir o receptor do
sangue de ficar doente ou de ser contaminado pelo sangue. Assim, quando se toma
a decisão de que uma pessoa pode doar sangue, tanto o doador como o receptor foram
considerados. Através dos exames e perguntas, existe a tentativa de excluir
doadores que possam se prejudicar ao doarem sangue ou que possam por em risco o
paciente que recebe o sangue. Por questões de segurança é muito importante que
as respostas às perguntas feitas estejam corretas e sejam honestas e que o
doador receba as informações necessárias.
Estas,
entre outras, são doenças que podem colocar a vida do doador em risco e, por
isso, impedir a pessoa de doar:
·
Doenças do coração
·
Doenças
circulatórias
·
Epilepsia
·
Asma
·
Diabetes
Estas,
entre outras, doenças podem ser transmitidas para o receptor:
·
Câncer
·
Doenças Infecciosas
Segurança
De
forma a manter a qualidade do sangue fornecido no Brasil a Agencia de
Vigilância Sanitária estabelece normas a serem cumpridas por todos os
hemocentros e bancos de sangue, de forma a garantir que nem o doador, nem o
receptor sejam prejudicados de alguma maneira.
Um
dos métodos usados é o questionário de entrevista antes da doação. Os testes realizados
no sangue doado são outro método, do qual falaremos mais para frente. Antes de
coletar o sangue também é verificada a saúde do doador: com testes de pressão e
hemoglobina.
Exame
Médico Preliminar
O
exame médico preliminar verifica a saúde do doador antes da doação para
garantir que ele está em condições de doar sem que seja prejudicado de alguma
forma. São verificados o peso, a pressão sanguínea (que deve estar normal) e o
valor da hemoglobina.
A porcentagem de hemoglobina expressa a
quantidade de ferro presente no sangue, responsável por dar aos glóbulos
vermelhos sua cor. O valor da hemoglobina deve estar entre 7 e 11 mm por litro
– normalmente mais baixo para as mulheres que para os homens. Se sua
hemoglobina estiver baixa é recomendável que você coma muitos alimentos que
contenham ferro, pois, de forma a regenerar os glóbulos vermelhos é importante
que o doador tenha ferro suficiente em seu corpo.
Estes
tipos de alimentos contêm ferro ou facilitam a absorção do mesmo (os que contêm
vitamina C) e são recomendados se o valor de sua hemoglobina estiver baixo:
·
Carne
·
Peixe
·
Chouriços, Tutano,
fígado.
·
Pão e cereais
·
Vegetais como
beterraba, brócolis, espinafre.
·
Frutas secas como
ameixas, passas e figo.
·
Frutas frescas como
laranja, morangos e kiwis.
Outros
dificultam a absorção de ferro como o chá e o café. Se uma alimentação rica em
ferro não for suficiente, tabletes suplementares podem ser uma solução.
Questionário
de Entrevista
Quando
um doador vai ao banco de sangue, além de passar pelo exame médico, terá que
responder a um questionário sobre a possibilidade de doenças atuais ou
anteriores, vacinações, ingestão de medicamentos, permanência em regiões com
risco de infecções (como chagas e malária, por exemplo). Todas as informações
são tratadas com confidencialidade.
Veja
um exemplo de perguntas que você pode encontrar em um destes questionários:
Você
já sofreu ou sofre de:
- Doenças sérias ou teve que fazer cirurgia?
- Doenças infecciosas?
- Alergias?
- Epilepsia, espasmos, desmaios especialmente depois da puberdade?
- Anemia?
- Pressão baixa ou pressão alta?
- Distúrbios do coração ou circulatórios?
- Doenças nos rins?
- Diabetes?
- Cânceres ou tumores?
- Distúrbios de crescimento que foram tratados com hormônios?
- Outra doença rara?
- Longos períodos de febre ou perda de peso injustificada no último ano?
- Malária?
- Doença de Chagas?
- Hepatite após os 10 anos de idade?
No
último ano você:
- Teve relações sexuais: Em troca de dinheiro? Com múltiplos parceiros? Com parceiros desconhecidos? Com portadores de HIV? Com usuários de Drogas injetáveis? Com pessoa sendo tratada de hemofilia? Presos? Com quantos parceiros?
- Pagou para ter relações sexuais?
- Teve alguma gravidez ou aborto?
- Viajou para a fora do país ou alguma região de incidência de malária?
- Recebeu transfusão de sangue?
- Fez piercing, tatuagem, acupuntura?
- Usou alguma droga injetável ou dividiu uma seringa ou agulha com outras pessoas?
Nos
últimos dois meses você:
- Tomou algum medicamento ou vacina?
Outras:
- Já doou sangue antes? Quando foi a última doação?
- Recebeu transplante de córnea?
- Considera-se bem de saúde?
As
questões são respondidas pelo doador em uma folha e posteriormente checadas
pelo médico durante a entrevista, ou feitas diretamente por este. E a pessoa pode
aproveitar para tirar suas dúvidas com o médico.
O
questionário foi criado com o objetivo de evitar a coleta de sangue de pessoas
que possam se prejudicar pela doação ou cuja conduta ou condições gerais de
saúde aumentem o risco do sangue doado de estar infectado ou de conter resíduos
medicinais.
Voto de
exclusão
A
honestidade é essencial na hora da entrevista, mas algumas pessoas podem por
diversos motivos (como vergonha ou desconhecimento) acabar passando informações
incorretas ao médico, especialmente sobre o seu comportamento. Para evitar o
risco de que o sangue transfundido não seja de qualidade e garantir a segurança
dos receptores, após a entrevista o doador deve responder sozinho e
confidencialmente ao “voto de exclusão”.
O
voto é uma única pergunta com o objetivo de garantir que o doador foi sincero
na entrevista. Por exemplo: “confirmo que este sangue pode ser usado
diretamente em uma transfusão. Sim? Não?” Caso o doador tenha escondido alguma
coisa e responda que seu sangue não pode ser usado, a bolsa será descartada
logo após a doação.
Exclusão – temporária ou permanente
De
acordo com a informação fornecida pelo doador durante a entrevista este pode
ser impedido de doar sangue, temporária ou permanentemente.
Abaixo
veja a tabela oficial da ANVISA com os motivos para exclusão temporária ou
permanente:
A
- Principais causas de inaptidão definitiva para doação de sangue
Alcoolismo crônico
|
Bronquite e asma (crises com intervalos de 3 meses ou menos, sem
controle com medicamentos por
|
Câncer (inclusive leucemia). Antecedentes de carcinoma in situ
da cérvix uterina e de carcinoma
|
Cardiopatias graves
|
Diabetes tipo I
|
Diabetes tipo II com lesão vascular
|
Doença de Chagas
|
Tuberculose extra-pulmonar
|
Doença renal Crônica
|
Doenças hemorrágicas
|
Elefantíase (filariose)
|
Hanseníase
|
Hepatite viral após 10 anos de idade
|
Infecção por HBV, HCV, HIV, HTLV I/II
|
Malária (febre quartã - Plasmodium malariae)
|
Reação adversa grave em doação anterior
|
Uso de hormônio de crescimento de origem humana
|
Insuficiência renal dependente de hemodiálise.
|
Doença Pulmonar: Enfisema, D.P.O.C., história de embolia
pulmonar, tornam o doador inapto definitivo
|
Antecedentes de AVC
|
Psicoses, esquizofrenia ou doenças que gerem inimputabilidade
jurídica
|
Antecedente de câncer
|
Causas
de inaptidão temporária
|
Tempo
de inaptidão
|
Diabetes tipo II não controlado
|
Até o controle
|
Abortamento ou parto
|
3 meses após a ocorrência
|
Acupuntura ou “piercing” realizados com material descartável
|
3 dias após realização
|
Acupuntura ou “piercing” realizados sem condições de avaliação
|
12 meses após realização
|
Tatuagem
|
12 meses
|
Alergias (tratamento de dessensibilização)
|
3 dias após o fim do tratamento
|
Alergias (urticária, rinite, dermatite e outras)
|
Na fase aguda e durante o tratamento
|
Asma ou bronquite leve (crises com intervalos maiores que 3
meses, compensadas com medicamentos por via inalatória)
|
1 semana após a última crise e desde que não esteja em uso de
medicamento.
|
Atraso menstrual em mulheres em idade fértil
|
Até que se afaste a possibilidade de gravidez ou de outro
problema que impeça a doação
|
Diarréia
|
1 semana após a cura
|
Esclerose de varizes de membros inferiores
|
3 dias após o procedimento
|
Labirintite
|
30 dias após a crise e sem uso de medicamento
|
Lesões de pele no local da punção venosa
|
Até a cura
|
Retirada de verrugas, unhas, manchas e outros pequenos
procedimentos dermatológicos.
|
1 semana após a alta
|
Lesões dermatológicas: eritema polimorfo, eritrodermias, líquen
plano
|
6 meses após a cura
|
Adenomegalia a esclarecer
|
Avaliação caso a caso
|
B
- Principais causas de inaptidão temporária para a doação de sangue
Medicamento
|
Tempo
de Inaptidão
|
Antibióticos e quimioterápicos anti-bacterianos
|
Temporário de acordo com a vida média da droga
|
Corticosteróides sistêmicos
|
Depende da doença para a qual foi utilizada. Inaptidão mínima de
48 horas após a suspensão.
|
Corticosteróides tópicos
|
Só contra-indica a doação se a doença de base o fizer
|
Anticoagulantes
|
10 dias após a interrupção do medicamento
|
Ansiolíticos e soníferos
|
Só contra-indica a doação se a dose for elevada (3 ou mais
comprimidos por dia)
|
Anticonvulsivantes
|
Enquanto estiver usando o medicamento ou quando houver
antecedente de tratamento porepilepsia, exceto nos casos de passado de
convulsão até os dois anos de idade
|
Analgésicos: Paracetamol (Tylenol, Dorilax), Dipirona sódica
(Dorflex, Novalgina) ou similares
|
Não contra-indicam a doação, mesmo que tenham sido utilizadas no
dia da doação.
|
Anti-Inflamatórios: Ácido Acetilsalicílico (AAS, Aspirina,
Melhoral, Sonrisal, Alka seltzer, Engov), Diclofenacos (Voltaren,
Cataflan,Deltaren,Tanderil), Meloxicam (Meloxil, Movatec), Piroxicam
(Feldene), Fenilbutazona (Butazolidina, Butazil, Reumazine) e similares.
|
Isto é válido para os doadores que estejam tomando ou tenham
tomado esta medicação até um prazo de 5 dias antes da data da doação. Não
contra-indicam a doação, porém não deve ser preparado concentrado de
plaquetas a partir daquela doação, se o remédio foi usado nos últimos 5 dias
|
Anti-Hipertensivos
e Outros Medicamentos Cardiológicos
Ação Central: Metildopa, Clonidina, Reserpina; ß-Bloqueadores:
Propranolol, Atenolol, Oxpernolol ou similares; Bloqueadores
Alfa-Adrenérgicos: Prazosina (Prazozin, Minipress SR), Minoxidil (Loniten);
|
48 horas
após a suspensão do medicamento, pelo médico assistente e avaliado caso a
caso.
|
Diuréticos
|
Não há contra-indicação. Orientar o doador a fazer uma
hidratação oral prévia mais vigorosa
|
Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina: Captopril
Enalapril ou similares; Antagonistas de Angiotensina II: Losartan;
Bloqueadores de canais de Cálcio: Nifedipina;
|
Não há
contra-indicação
|
Vasodilatadores: Hidralazina
|
5 dias após a suspensão do remédio
|
Anti-arritimicos: Amiodarona (Ancoron); Medicamentos
Psiquiátricos.
|
Enquanto
estiver usando o medicamento
|
Antidepressivos
|
Não contra-indicam a doação, porém o doador deve ser avaliado
pelo médico.
|
Antipsicóticos: Haloperidol (Haldol), Clorpromazina (Amplictil).
|
7 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e
avaliado caso a caso. Não há contra-indicação enquanto estiver usando o
medicamento
|
Hormônios
Insulina; Hormônio do Crescimento hipofisário
|
Definitivo
|
Hormônio do Crescimento recombinante
|
Não há contra-indicação
|
Anticoncepcionais
Testosterona
|
6 meses após a suspensão da medicação
|
Hormônios femininos
|
Não há contra-indicação, a menos que estejam sendo usados para
tratamento do câncer
|
Hormônios Hipofisários
|
Depende do motivo pelo qual o medicamento foi usado
|
Antitireoidianos de síntese: Propiltiouracila (Propiltiouracil),
Tiamazol (Tapazol).
|
Avaliação caso a caso
|
Antimetabólicos: Alopurinol (Zyloric), Clofibrato (Claripex,
Sinteroid, Davistar, Lipofacton), Estatinas.
|
Não contra-indicam a doação; como podem estar sendo usados para
tratamento de hiperlipidemia, consultar o médico
|
Medicamentos
Teratogênicos
Isotretinoína (Roacutan) (tratamento de acne)
|
1 mês de inaptidão após a última dose
|
Finasterida (Proscar) (tratamento de hiperplasia prostática
benigna)
|
1 mês após a interrupção do medicamento
|
Acitretina (Neotigason), Etretionato (usados em psoríase)
|
Inaptidão definitiva
|
Principais
Doenças Infecciosas e sua Correlação com a Doação de Sangue
Doença
infecciosa
|
Tempo
de inaptidão
|
Gripes ou resfriados
|
1 semana após cessarem os sintomas
|
Infecções bacterianas comuns não complicadas (por
exemplo:sinusite, amigdalite, otite)
|
2 semanas após o fim do tratamento
|
Brucelose; Calazar; Doença de Chagas; Hanseníase;
|
Definitivo
|
Tuberculose
|
5 anos depois da cura
|
Conjuntivite
|
1 semana após a cura
|
Rubéola; Erisipela
|
2
semanas após a cura
|
Caxumba; Varicela
|
3
semanas após a cura
|
Dengue
|
4 semanas após a cura
|
Dengue hemorrágico
|
6 meses após a cura
|
Herpes Zoster
|
6 meses
|
Toxoplasmose comprovada laboratorialmente
|
1 ano após a cura
|
Teste repetidamente positivo para anti-HBc
|
Definitivo
|
DST, incluindo H. simplex genital
|
12 meses
|
Principais
cirurgias e sua correlação com a doação de sangue
Cirurgias
|
Tempo
de inaptidão
|
Cirurgia Cardíaca
|
Definitivo
|
Gastrectomia
|
Total Definitivo
|
Pneumectomia
|
Definitivo
|
Esplenectomia
|
Definitivo, exceto se for pós-trauma
|
Cirurgias de miopia ou catarata
|
Após alta oftalmológica
|
Apendicectomia; Hemorroidectomia; Hernioplastia; Ressecção de
varizes; Amigdalectomia
|
3 meses
|
Colecistectomia; Vagotomia super-seletiva; Histerectomia;
Laminectomia; Artrodese de coluna; Tireoidectomia; Nódulo de mama
|
6 meses
|
Cirurgia de politrauma; Colectomia; Esplenectomia pós-trauma;
Nefrectomia; Ressecção de aneurisma
|
1 ano
|
Cirurgias
e procedimentos odontológicos
Tratamento de canal, drenagem de abscesso, gengivites e
cirurgias com anestesia local
|
1 semana após o procedimento ou uma semana após o término do
anti-inflamatório e/ou do antibiótico
|
Extração dentária
|
7 dias após o procedimento
|
Procedimentos sem anestesia e sangramento (por exemplo: pequenas
cáries e ajuste de aparelhos)
|
1 dias após o procedimento
|
Remoção de tártaro e outros procedimentos com anestesia local
(por exemplo: obturações)
|
3 dias após o procedimento
|
Cirurgias odontológicas com anestesia geral
|
1 mês após o término do tratamento
|
Principais
Vacinas e sua Correlação com a Doação de Sangue
Vacina
|
Tempo
de Inaptidão
|
Vacinas de Vírus ou Bactérias Vivos e Atenuados
|
|
Pólio Oral (Sabin); Febre Tifóide Oral; Caxumba (Parotidite);
Febre amarela; Sarampo; BCG
|
3 semanas
|
Rubéola; Varicela (Catapora); Varíola
|
4 semanas
|
Vacinas de Vírus ou Bactérias Mortos, Toxóides ou
Recombinantes
|
|
Cólera; Pólio (Salk); Difteria; Tétano; Febre Tifóide
(Injetável); Meningite; Coqueluche; Hepatite A; Peste; Pneumococo;
Leptospirose; Brucelose; Hemophillus influenzae; Hepatite B recombinante
|
48 horas
|
Influenza (gripe)
|
4 semanas
|
Outras Vacinas
|
|
Soro Anti-Tetânico; Anti-rábica profilática
|
4 semanas
|
Anti-rábica após exposição animal; Hepatite B (derivada de
plasma); Imunoterapia Passiva
|
1 ano
|
Resumo e questões
Qualquer
pessoa saudável, entre 18 e 65 anos de idade e que pese mais de 50 quilos pode
se tornar um doador de sangue. A cada doação, são retirados aproximadamente 450
ml. Se alguém pesar menos que 50 kg, os 450ml serão mais do que os 13%
permitidos do volume total de sangue e por isso essa pessoa não pode doar.
Depois da coleta, o sangue rapidamente repõe o plasma, desde que o doador não
tenha nenhuma deficiência de líquido.
Um
homem pode doar até 4 vezes ao ano, com um intervalo de pelo menos 2 meses
entre uma doação e outra. Uma mulher pode doar até 3 vezes ao ano com um
intervalo de no mínimo 3 meses entre uma doação e outra.
Antes
da doação, uma série de considerações deve ser feita para garantir a segurança
tanto do doador como do receptor. Ninguém deve ser prejudicado por doar ou
receber sangue, então antes que a doação seja feita, é preciso levantar um bom
número de informações do doador. Por isso, este passa por um exame médico
preliminar (pesagem, medição de pressão e da hemoglobina) e responde a um
questionário, onde há perguntas sobre sua condição geral de saúde, comportamento
de risco e outras questões que asseguram a saúde deste e do receptor.
Baseado
neste questionário o doador pode ser impedido de doar sangue temporária ou
permanentemente.
A
honestidade é essencial na entrevista, mas caso o doador tenha omitido alguma
informação que possa prejudicar ao receptor, poderá usar o “voto de
auto-exclusão” para garantir que sua bolsa não será usada.
- Qual a demanda existente em
relação ao peso do doador – e qual o seu objetivo?
- Quantas vezes uma pessoa pode
doar?
- Qual o propósito da entrevista?
- Quais circunstâncias e conduta
levam a exclusão devido ao risco de se transmitir o HIV?
- O que é o “voto de auto-exclusão”
e para que ele serve?
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