domingo, 10 de junho de 2012

Capítulo 6 - A elegibilidade do doador de sangue



Qualquer pessoa que tenha boa saúde, idade entre 18 e 65 anos e cujo peso seja superior a 50 quilos pode ser um doador de sangue.

É considerado doador de sangue, qualquer pessoa cujo sangue (ou partes do mesmo) seja coletado em um banco de sangue/hemocentro ou em uma unidade de coleta móvel, com o propósito de ser aplicado em outras pessoas para o tratamento de doenças ou na produção de hemoderivados e de reagentes para diagnóstico ou outro propósito.


De acordo com a Lei no. 10205, de 21 de março de 2001, é proibida a remuneração do doador de sangue, devendo ser a coleta exclusivamente composta de doação voluntária, não remunerada, estimulada como ato de solidariedade humana e compromisso social.


A média de sangue coletado por doação é de 450ml (com uma variação de mais ou menos 10%). Dentro de minutos o corpo repõe este volume de sangue doado com líquido dos tecidos, desde que o doador não sofra de deficiência de líquido. Por isso, é importante que a pessoa tenha se alimentado e se hidratado bem antes da coleta, e tenha algo para beber após a mesma. Também é importante descansar por 10 minutos depois da doação para que o volume de sangue volte a se equilibrar.


Ao se tornar um doador, você deve pesar mais que 50 kg. Isso porque existe um indicativo estabelecido baseado na estimativa de que não mais que 13% do total do volume do sangue pode ser coletado. Como a coleta média é de 450ml, há um risco que a porcentagem de sangue coletado de pessoas pesando menos que 50kg seja muito alta.


Um homem pode doar até 4 vezes ao ano, com intervalo de pelo menos 2 meses entre uma doação e outra. Uma mulher pode doar até 3 vezes ao ano com intervalo de no mínimo 3 meses entre uma doação e outra. O intervalo é necessário para garantir que o sangue tenha sido totalmente reposto. Se você doa regularmente pode continuar até os 65 anos de idade.

Nem todos os tipos sanguíneos têm a mesma procura: o O Rhesus negativo (O RhD neg), que pode ser aplicado a todos os pacientes imediatamente, independente de seu tipo sanguíneo, é bastante necessário. Mas independente do tipo sanguíneo, toda pessoa deveria ser um doador de sangue.


“Minha primeira doação de sangue foi por necessidade de um parente de meu amigo.

Até aquele dia nunca havia sequer pensado no assunto, mas quando veio o pedido, pensei: “E por que não?”
Hoje penso “Por que não havia feito isso antes?”. Doar sangue me dá uma sensação de poder indescritível, um ato tão simples que se transforma em vidas salvas!” 

Roberta di Mattei.


Aprovação do Doador

Antes de uma doação, uma série de considerações deve ser feita tanto para o bem do doador como do receptor de sangue. Assim, uma pessoa interessada em doar sangue deve passar por alguns exames preliminares e responder uma série de perguntas, fornecendo um grande número de informações. Os bancos de sangue garantem que apenas exames e perguntas relevantes sejam feitos, além de estarem disponíveis para tirar as dúvidas do doador.

As perguntas são sobre a condição geral de saúde, comportamento de risco, e outras questões que possam impedir a pessoa de doar. Este capítulo trata sobre os assuntos de segurança da doação de sangue e informa sobre os tipos de conduta que podem causar a exclusão temporária ou permanente de um doador.

Consideração pelo doador e pelo receptor.

As questões não são feitas apenas em consideração ao doador. Elas são parte de procedimentos de segurança que devem ser feitos para prevenir o receptor do sangue de ficar doente ou de ser contaminado pelo sangue. Assim, quando se toma a decisão de que uma pessoa pode doar sangue, tanto o doador como o receptor foram considerados. Através dos exames e perguntas, existe a tentativa de excluir doadores que possam se prejudicar ao doarem sangue ou que possam por em risco o paciente que recebe o sangue. Por questões de segurança é muito importante que as respostas às perguntas feitas estejam corretas e sejam honestas e que o doador receba as informações necessárias.


Estas, entre outras, são doenças que podem colocar a vida do doador em risco e, por isso, impedir a pessoa de doar:
·         Doenças do coração
·         Doenças circulatórias
·         Epilepsia
·         Asma
·         Diabetes

Estas, entre outras, doenças podem ser transmitidas para o receptor:
·         Câncer
·         Doenças Infecciosas


Segurança

De forma a manter a qualidade do sangue fornecido no Brasil a Agencia de Vigilância Sanitária estabelece normas a serem cumpridas por todos os hemocentros e bancos de sangue, de forma a garantir que nem o doador, nem o receptor sejam prejudicados de alguma maneira.

Um dos métodos usados é o questionário de entrevista antes da doação. Os testes realizados no sangue doado são outro método, do qual falaremos mais para frente. Antes de coletar o sangue também é verificada a saúde do doador: com testes de pressão e hemoglobina.

Exame Médico Preliminar

O exame médico preliminar verifica a saúde do doador antes da doação para garantir que ele está em condições de doar sem que seja prejudicado de alguma forma. São verificados o peso, a pressão sanguínea (que deve estar normal) e o valor da hemoglobina.

A porcentagem de hemoglobina expressa a quantidade de ferro presente no sangue, responsável por dar aos glóbulos vermelhos sua cor. O valor da hemoglobina deve estar entre 7 e 11 mm por litro – normalmente mais baixo para as mulheres que para os homens. Se sua hemoglobina estiver baixa é recomendável que você coma muitos alimentos que contenham ferro, pois, de forma a regenerar os glóbulos vermelhos é importante que o doador tenha ferro suficiente em seu corpo. 

Estes tipos de alimentos contêm ferro ou facilitam a absorção do mesmo (os que contêm vitamina C) e são recomendados se o valor de sua hemoglobina estiver baixo:
·         Carne
·         Peixe
·         Chouriços, Tutano, fígado.
·         Pão e cereais
·         Vegetais como beterraba, brócolis, espinafre.
·         Frutas secas como ameixas, passas e figo.
·         Frutas frescas como laranja, morangos e kiwis.
Outros dificultam a absorção de ferro como o chá e o café. Se uma alimentação rica em ferro não for suficiente, tabletes suplementares podem ser uma solução.


Questionário de Entrevista

Quando um doador vai ao banco de sangue, além de passar pelo exame médico, terá que responder a um questionário sobre a possibilidade de doenças atuais ou anteriores, vacinações, ingestão de medicamentos, permanência em regiões com risco de infecções (como chagas e malária, por exemplo). Todas as informações são tratadas com confidencialidade.

Veja um exemplo de perguntas que você pode encontrar em um destes questionários:


Você já sofreu ou sofre de:
  • Doenças sérias ou teve que fazer cirurgia?
  • Doenças infecciosas?
  • Alergias?
  • Epilepsia, espasmos, desmaios especialmente depois da puberdade?
  • Anemia?
  • Pressão baixa ou pressão alta?
  • Distúrbios do coração ou circulatórios?
  • Doenças nos rins?
  • Diabetes?
  • Cânceres ou tumores?
  • Distúrbios de crescimento que foram tratados com hormônios?
  • Outra doença rara?
  • Longos períodos de febre ou perda de peso injustificada no último ano?
  • Malária?
  • Doença de Chagas?
  • Hepatite após os 10 anos de idade?

 No último ano você:
  • Teve relações sexuais: Em troca de dinheiro? Com múltiplos parceiros? Com parceiros desconhecidos? Com portadores de HIV? Com usuários de Drogas injetáveis? Com pessoa sendo tratada de hemofilia? Presos? Com quantos parceiros?
  • Pagou para ter relações sexuais?
  • Teve alguma gravidez ou aborto?
  • Viajou para a fora do país ou alguma região de incidência de malária?
  • Recebeu transfusão de sangue?
  • Fez piercing, tatuagem, acupuntura?
  • Usou alguma droga injetável ou dividiu uma seringa ou agulha com outras pessoas?

 Nos últimos dois meses você:
  • Tomou algum medicamento ou vacina?

Outras:
  • Já doou sangue antes? Quando foi a última doação?
  • Recebeu transplante de córnea?
  • Considera-se bem de saúde?


As questões são respondidas pelo doador em uma folha e posteriormente checadas pelo médico durante a entrevista, ou feitas diretamente por este. E a pessoa pode aproveitar para tirar suas dúvidas com o médico.

O questionário foi criado com o objetivo de evitar a coleta de sangue de pessoas que possam se prejudicar pela doação ou cuja conduta ou condições gerais de saúde aumentem o risco do sangue doado de estar infectado ou de conter resíduos medicinais.

Voto de exclusão

A honestidade é essencial na hora da entrevista, mas algumas pessoas podem por diversos motivos (como vergonha ou desconhecimento) acabar passando informações incorretas ao médico, especialmente sobre o seu comportamento. Para evitar o risco de que o sangue transfundido não seja de qualidade e garantir a segurança dos receptores, após a entrevista o doador deve responder sozinho e confidencialmente ao “voto de exclusão”.

O voto é uma única pergunta com o objetivo de garantir que o doador foi sincero na entrevista. Por exemplo: “confirmo que este sangue pode ser usado diretamente em uma transfusão. Sim? Não?” Caso o doador tenha escondido alguma coisa e responda que seu sangue não pode ser usado, a bolsa será descartada logo após a doação.

Exclusão – temporária ou permanente

De acordo com a informação fornecida pelo doador durante a entrevista este pode ser impedido de doar sangue, temporária ou permanentemente.

Abaixo veja a tabela oficial da ANVISA com os motivos para exclusão temporária ou permanente:

A - Principais causas de inaptidão definitiva para doação de sangue

Alcoolismo crônico
Bronquite e asma (crises com intervalos de 3 meses ou menos, sem controle com medicamentos por
Câncer (inclusive leucemia). Antecedentes de carcinoma in situ da cérvix uterina e de carcinoma
Cardiopatias graves
Diabetes tipo I
Diabetes tipo II com lesão vascular
Doença de Chagas
Tuberculose extra-pulmonar
Doença renal Crônica
Doenças hemorrágicas
Elefantíase (filariose)
Hanseníase
Hepatite viral após 10 anos de idade
Infecção por HBV, HCV, HIV, HTLV I/II
Malária (febre quartã - Plasmodium malariae)
Reação adversa grave em doação anterior
Uso de hormônio de crescimento de origem humana
Insuficiência renal dependente de hemodiálise.
Doença Pulmonar: Enfisema, D.P.O.C., história de embolia pulmonar, tornam o doador inapto definitivo
Antecedentes de AVC
Psicoses, esquizofrenia ou doenças que gerem inimputabilidade jurídica
Antecedente de câncer

Causas de inaptidão temporária
Tempo de inaptidão
Diabetes tipo II não controlado
Até o controle
Abortamento ou parto
3 meses após a ocorrência
Acupuntura ou “piercing” realizados com material descartável
3 dias após realização
Acupuntura ou “piercing” realizados sem condições de avaliação
12 meses após realização
Tatuagem
12 meses
Alergias (tratamento de dessensibilização)
3 dias após o fim do tratamento
Alergias (urticária, rinite, dermatite e outras)
Na fase aguda e durante o tratamento
Asma ou bronquite leve (crises com intervalos maiores que 3 meses, compensadas com medicamentos por via inalatória)
1 semana após a última crise e desde que não esteja em uso de medicamento.
Atraso menstrual em mulheres em idade fértil
Até que se afaste a possibilidade de gravidez ou de outro problema que impeça a doação
Diarréia
1 semana após a cura
Esclerose de varizes de membros inferiores
3 dias após o procedimento
Labirintite
30 dias após a crise e sem uso de medicamento
Lesões de pele no local da punção venosa
Até a cura
Retirada de verrugas, unhas, manchas e outros pequenos procedimentos dermatológicos.
1 semana após a alta
Lesões dermatológicas: eritema polimorfo, eritrodermias, líquen plano
6 meses após a cura
Adenomegalia a esclarecer
Avaliação caso a caso

B - Principais causas de inaptidão temporária para a doação de sangue

Medicamento
Tempo de Inaptidão
Antibióticos e quimioterápicos anti-bacterianos
Temporário de acordo com a vida média da droga
Corticosteróides sistêmicos
Depende da doença para a qual foi utilizada. Inaptidão mínima de 48 horas após a suspensão.
Corticosteróides tópicos
Só contra-indica a doação se a doença de base o fizer
Anticoagulantes
10 dias após a interrupção do medicamento
Ansiolíticos e soníferos
Só contra-indica a doação se a dose for elevada (3 ou mais comprimidos por dia)
Anticonvulsivantes
Enquanto estiver usando o medicamento ou quando houver antecedente de tratamento porepilepsia, exceto nos casos de passado de convulsão até os dois anos de idade
Analgésicos: Paracetamol (Tylenol, Dorilax), Dipirona sódica (Dorflex, Novalgina) ou similares
Não contra-indicam a doação, mesmo que tenham sido utilizadas no dia da doação.
Anti-Inflamatórios: Ácido Acetilsalicílico (AAS, Aspirina, Melhoral, Sonrisal, Alka seltzer, Engov), Diclofenacos (Voltaren, Cataflan,Deltaren,Tanderil), Meloxicam (Meloxil, Movatec), Piroxicam (Feldene), Fenilbutazona (Butazolidina, Butazil, Reumazine) e similares.
Isto é válido para os doadores que estejam tomando ou tenham tomado esta medicação até um prazo de 5 dias antes da data da doação. Não contra-indicam a doação, porém não deve ser preparado concentrado de plaquetas a partir daquela doação, se o remédio foi usado nos últimos 5 dias

Anti-Hipertensivos e Outros Medicamentos Cardiológicos

Ação Central: Metildopa, Clonidina, Reserpina; ß-Bloqueadores: Propranolol, Atenolol, Oxpernolol ou similares; Bloqueadores Alfa-Adrenérgicos: Prazosina (Prazozin, Minipress SR), Minoxidil (Loniten);
48 horas após a suspensão do medicamento, pelo médico assistente e avaliado caso a caso.
Diuréticos
Não há contra-indicação. Orientar o doador a fazer uma hidratação oral prévia mais vigorosa
Inibidores de Enzima Conversora de Angiotensina: Captopril Enalapril ou similares; Antagonistas de Angiotensina II: Losartan; Bloqueadores de canais de Cálcio: Nifedipina;
Não há contra-indicação
Vasodilatadores: Hidralazina
5 dias após a suspensão do remédio
Anti-arritimicos: Amiodarona (Ancoron); Medicamentos Psiquiátricos.
Enquanto estiver usando o medicamento
Antidepressivos
Não contra-indicam a doação, porém o doador deve ser avaliado pelo médico.
Antipsicóticos: Haloperidol (Haldol), Clorpromazina (Amplictil).
7 dias após a suspensão do medicamento pelo médico assistente e avaliado caso a caso. Não há contra-indicação enquanto estiver usando o medicamento

Hormônios

Insulina; Hormônio do Crescimento hipofisário
Definitivo
Hormônio do Crescimento recombinante
Não há contra-indicação

Anticoncepcionais

Testosterona
6 meses após a suspensão da medicação
Hormônios femininos
Não há contra-indicação, a menos que estejam sendo usados para tratamento do câncer
Hormônios Hipofisários
Depende do motivo pelo qual o medicamento foi usado
Antitireoidianos de síntese: Propiltiouracila (Propiltiouracil), Tiamazol (Tapazol).
Avaliação caso a caso
Antimetabólicos: Alopurinol (Zyloric), Clofibrato (Claripex, Sinteroid, Davistar, Lipofacton), Estatinas.
Não contra-indicam a doação; como podem estar sendo usados para tratamento de hiperlipidemia, consultar o médico

Medicamentos Teratogênicos

Isotretinoína (Roacutan) (tratamento de acne)
1 mês de inaptidão após a última dose
Finasterida (Proscar) (tratamento de hiperplasia prostática benigna)
1 mês após a interrupção do medicamento
Acitretina (Neotigason), Etretionato (usados em psoríase)
Inaptidão definitiva

Principais Doenças Infecciosas e sua Correlação com a Doação de Sangue

Doença infecciosa
Tempo de inaptidão
Gripes ou resfriados
1 semana após cessarem os sintomas
Infecções bacterianas comuns não complicadas (por exemplo:sinusite, amigdalite, otite)
2 semanas após o fim do tratamento
Brucelose; Calazar; Doença de Chagas; Hanseníase;
Definitivo
Tuberculose
5 anos depois da cura
Conjuntivite
1 semana após a cura
Rubéola; Erisipela
2 semanas após a cura
Caxumba; Varicela
3 semanas após a cura
Dengue
4 semanas após a cura
Dengue hemorrágico
6 meses após a cura
Herpes Zoster
6 meses
Toxoplasmose comprovada laboratorialmente
1 ano após a cura
Teste repetidamente positivo para anti-HBc
Definitivo
DST, incluindo H. simplex genital
12 meses

Principais cirurgias e sua correlação com a doação de sangue

Cirurgias
Tempo de inaptidão
Cirurgia Cardíaca
Definitivo
Gastrectomia
Total Definitivo
Pneumectomia
Definitivo
Esplenectomia
Definitivo, exceto se for pós-trauma
Cirurgias de miopia ou catarata
Após alta oftalmológica
Apendicectomia; Hemorroidectomia; Hernioplastia; Ressecção de varizes; Amigdalectomia
3 meses
Colecistectomia; Vagotomia super-seletiva; Histerectomia; Laminectomia; Artrodese de coluna; Tireoidectomia; Nódulo de mama
6 meses
Cirurgia de politrauma; Colectomia; Esplenectomia pós-trauma; Nefrectomia; Ressecção de aneurisma
1 ano

Cirurgias e procedimentos odontológicos

Tratamento de canal, drenagem de abscesso, gengivites e cirurgias com anestesia local
1 semana após o procedimento ou uma semana após o término do anti-inflamatório e/ou do antibiótico
Extração dentária
7 dias após o procedimento
Procedimentos sem anestesia e sangramento (por exemplo: pequenas cáries e ajuste de aparelhos)
1 dias após o procedimento
Remoção de tártaro e outros procedimentos com anestesia local (por exemplo: obturações)
3 dias após o procedimento
Cirurgias odontológicas com anestesia geral
1 mês após o término do tratamento

Principais Vacinas e sua Correlação com a Doação de Sangue

Vacina
Tempo de Inaptidão
Vacinas de Vírus ou Bactérias Vivos e Atenuados
Pólio Oral (Sabin); Febre Tifóide Oral; Caxumba (Parotidite); Febre amarela; Sarampo; BCG
3 semanas
Rubéola; Varicela (Catapora); Varíola
4 semanas
Vacinas de Vírus ou Bactérias Mortos, Toxóides ou Recombinantes
Cólera; Pólio (Salk); Difteria; Tétano; Febre Tifóide (Injetável); Meningite; Coqueluche; Hepatite A; Peste; Pneumococo; Leptospirose; Brucelose; Hemophillus influenzae; Hepatite B recombinante
48 horas
Influenza (gripe)
4 semanas
Outras Vacinas
Soro Anti-Tetânico; Anti-rábica profilática
4 semanas
Anti-rábica após exposição animal; Hepatite B (derivada de plasma); Imunoterapia Passiva
1 ano

Resumo e questões
Qualquer pessoa saudável, entre 18 e 65 anos de idade e que pese mais de 50 quilos pode se tornar um doador de sangue. A cada doação, são retirados aproximadamente 450 ml. Se alguém pesar menos que 50 kg, os 450ml serão mais do que os 13% permitidos do volume total de sangue e por isso essa pessoa não pode doar. Depois da coleta, o sangue rapidamente repõe o plasma, desde que o doador não tenha nenhuma deficiência de líquido.

Um homem pode doar até 4 vezes ao ano, com um intervalo de pelo menos 2 meses entre uma doação e outra. Uma mulher pode doar até 3 vezes ao ano com um intervalo de no mínimo 3 meses entre uma doação e outra.

Antes da doação, uma série de considerações deve ser feita para garantir a segurança tanto do doador como do receptor. Ninguém deve ser prejudicado por doar ou receber sangue, então antes que a doação seja feita, é preciso levantar um bom número de informações do doador. Por isso, este passa por um exame médico preliminar (pesagem, medição de pressão e da hemoglobina) e responde a um questionário, onde há perguntas sobre sua condição geral de saúde, comportamento de risco e outras questões que asseguram a saúde deste e do receptor.

Baseado neste questionário o doador pode ser impedido de doar sangue temporária ou permanentemente.

A honestidade é essencial na entrevista, mas caso o doador tenha omitido alguma informação que possa prejudicar ao receptor, poderá usar o “voto de auto-exclusão” para garantir que sua bolsa não será usada.

  1. Qual a demanda existente em relação ao peso do doador – e qual o seu objetivo?
  2. Quantas vezes uma pessoa pode doar?
  3. Qual o propósito da entrevista?
  4. Quais circunstâncias e conduta levam a exclusão devido ao risco de se transmitir o HIV?
  5. O que é o “voto de auto-exclusão” e para que ele serve?

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